PREFEITURA AGUARDA LICENÇA AMBIENTAL PARA MEXER NO RIO MURIAÉ

Cerca de 10 mil pessoas desalojadas, sete bairros alagados e muito dano ambiental foram resultados das cheias do rio Muriaé em janeiro com três enchentes consecutivas (consideradas as maiores dos últimos 30 anos). Elas vieram acompanhadas de um agravante: milhões de metros cúbicos de lama (resíduo de bauxita) oriundas do rompimento da barragem da Mineradora Rio Pomba em Mirai (40 km de Muriaé). A lama assoreou o rio e invadiu suas margens numa extensão de 100 metros.

O problema deixou de ser lembrança do passado para ser o pesadelo do presente para milhares de moradores dos bairros mais atingidos, Santana, José Cirilo, Napoleão, Dornelas e Barra, uma vez que começa o período chuvoso e nada ainda foi feito para limpeza do rio.

A população que mora às margens do maior rio da região, cobra agora do poder público municipal a sua dragagem, como sendo a única solução para evitar a fúria das futuras cheias do rio Muriaé.

Município consegue maquinários

O Secretário Municipal de Atividades Urbanas, Sinval Ferreira da Silva informou a nossa reportagem que a Prefeitura já conseguiu o maquinário adequado para fazer a limpeza do rio (dragagem), mas depende de uma Licença Ambiental junto a FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais.
- Nossa administração juntamente com o deputado Bráulio Braz, conseguiu emprestado em Belo Horizonte com a Ruralminas, órgão do Governo de Minas, o maquinário para fazer a limpeza, de onde serão retirados materiais que estão assoreando o rio. Com isso vamos melhorar a sua calha que vai ficar mais profunda e limpa. Em alguns pontos deve-se encontrar dificuldades devido à falta de espaço podendo exigir outros tipos de equipamentos – disse Sinval Ferreira que prepara um documento para dar entrada junto ao Ministério Público, IEF - Instituto Estadual de Florestas e a FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente com o objetivo de antecipar o início do serviço enquanto aguardam a liberação oficial.
O rio Muriaé tem 13 quilômetros de extensão no trecho urbano, se for obrigado aguardar a Licença Ambiental a Prefeitura só poderá mexer no rio num prazo que pode chegar a 30 dias.