GRANDE REGIÃO DO DORNELAS VIVE NOVA FASE: A DO PROGRESSO, A DO PERIGO E DA ADAPTAÇÃO

O trânsito intenso e confuso no entorno da Ponte do Napoleão, região do Dornelas, começa cedo e complica na hora do almoço e fim de tarde. Pela ponte estreita e de mão dupla, passam automóveis, caminhões pesados, ciclistas, pedestres e carroças. Uma mistura perigosa. Só sobre a ponte do Napoleão, num espaço, de pouco mais de um ano, duas pessoas morreram atropeladas: uma professora, moradora da região e um produtor rural, que vendia seus produtos em Muriaé.
E logo à frente, já na pista de acesso ao bairro Cardoso de Melo, uma moradora perdeu a vida ao ser atropelada por um carro que em seguida bateu no ônibus urbano. A via sem acostamento exige uma parada perigosa, aumentando a insegurança.
A comunidade desta região passou a pagar pelo preço do progresso (chegada da BR-356 e atividade de mineração). Junto ao desenvolvimento uma estrutura vem sendo construída para melhor adequação e menos risco a comunidade. Uma ponte de quase 50 metros de comprimento e 15 de largura vem sendo construída sobre o rio Muriaé pela CBA, empresa de mineração. O objetivo é praticamente desativar a antiga ponte do Napoleão. É por ela que passará todo o trânsito pesado nos dois sentidos. Inclusive o transporte de minério que já começou, com caminhões carregados que rodam o dia todo, em sentido a BR-116, rumo a Cataguases e São Paulo.
Mas há outras regiões perigosas e que merecem atenção. Na entrada do bairro Cardoso de Melo é necessário um trevo para dar segurança principalmente ao ônibus urbano e na estrada de Vermelho, é necessário acostamento e pista especial para ciclistas e pedestres. Enquanto isso, muito movimento e medo da população diante do que pode acontecer a qualquer momento.