Lembra dele? Célio Silva, o canhão do Brasil. O dono do chute mais forte do país na década de 90 se dedica a descobrir novos talentos. O canhão do Brasileirão mudou de alvo. Marcado nos tempos de jogador por seus chutes fortes e certeiros, o ex-zagueiro Célio Silva tirou a mira dos goleiros e atualmente concentra seu foco na descoberta de novos talentos. Longe dos gramados desde 2003, quando encerrou a carreira pelo Americano, clube que o revelou, o ex-jogador de Vasco, Flamengo, Corinthians, Internacional, Goiás e Atlético-MG é o responsável por um centro de treinamento que leva seu nome na pequena Joanópolis, no interior paulista.
- Comecei a carreira como técnico, mas preferi montar um CT. De repente, daqui a uns dois anos eu penso em trabalhar em clube novamente. Hoje em dia prefiro fazer este trabalho de garimpo. Entro com meu conhecimento de futebol e há ainda toda uma equipe que dá suporte, como empresarial. Temos jogadores em Portugal, Suíça, no CFZ e no Goytacaz - explica Célio, que trabalha com adolescentes de 15 a 17 anos.A preocupação do ex-zagueiro em trabalhar o futuro das promessas tem uma explicação. Quando estava no auge da carreira, no Internacional, Célio foi do céu ao inferno graças a uma má influência.- Fui para a França para um time ruim para caramba (o modesto Caen). Meu empresário na ambição de ganhar dinheiro me mandou pra lá. Acabei saindo do mapa em uma época em que era titular da seleção.Pouco antes disso, ele havia deixado seu nome na história do Colorado. Foi do pé direito dele que saiu a bomba que garantiu ao time do Beira-Rio o primeiro título nacional após a geração comandada por Falcão: a Copa do Brasil de 1992 (Um zero sobre o Fluminense, no Beira-Rio).- Na verdade, cobrei aquele pênalti porque ninguém quis cobrar. Ficavam com medo, não sei se estavam sem confiança. Daí peguei a bola e consegui fazer o gol. Realmente não era uma situação simples, com 90 mil torcedores no estádio e tendo que marcar aos 43 do segundo tempo. Até hoje sou lembrado por isso no Beira-Rio - explica o 'herói por acaso'. No Timão, a consagração como canhão. Após a passagem frustrada pelo futebol europeu, Célio Silva voltou prestigiado ao Brasil para vestir a camisa do Corinthians. No Parque São Jorge ele permaneceu por quatro anos e conquistou quatro títulos (dois estaduais, uma Copa do Brasil e um Ramon de Caranza).Porém, foi por uma conquista individual que ele ficou marcado: em uma disputa organizada pelo Globo Esporte, Célio foi consagrado o 'Canhão do Brasileirão', dono do chute mais potente do país em 1996. A força nos pés, por sinal, resultou em situações inusitadas durante a infância, na pequena Miracema (RJ).- Sempre chutei forte. Na infância era comum ter que parar a pelada para consertarem as traves feitas de bambu que eu quebrava. Era respeitado por isso. Nunca fui cobrador de faltas, era um chutador de faltas. Procurava aprimorar a direção para usar esta força que sempre tive - revela o 'Canhão', que alcançou a incrível marca de 136km/h em cobrança de faltas.Na infância era comum eu quebras as traves de bambu nas peladas. Sempre fui respeitado por isso.Célio Silva, sobre o potente chute, que lhe rendeu o título de 'Canhão'. Perguntado se um novo canhão pode surgir em seu CT, Célio mostra-se desacreditado na revelação de jogadores com estas características, e garante que não há como ensinar um jovem a chutar forte. - Isso acontece naturalmente. Não há como trabalhar isso. Um ou outro aparece com chute forte, mas, sinceramente, não é fácil encontrar um jogador com essas características. No Flamengo, o último títuloNo futebol carioca, Célio Silva iniciou e encerrou a carreira. Integrante do elenco que foi campeão do Brasileirão de 1989 pelo Vasco, ele conquistou a Copa Mercosul dez anos depois pelo Flamengo. Da passagem na Gávea, ficaram algumas mágoas e uma sensação de dever cumprido.- Quando cheguei o Evaristo de Macedo me desprezou e disse para o Romário: 'Chegou mais um'. Fiquei seis meses no clube sem receber, só recebia a fisioterapia. Depois o Carlinhos acreditou em mim e fomos campeões da Mercosul. Foi um momento importante de superação. Botafoguense de coração, o ex-zagueiro encara com bom humor o fato de nunca ter jogado em General Severiano.- Isso sequer foi especulado durante minha carreira, mas não é uma decepção. Também quis jogar no Real Madrid, mas não deu - brinca. Vagno Célio do Nascimento Silva. Cidade natal, Miracema (RJ). Clubes: Americano, Vasco, Internacional, Caen (FRA), Corinthians, Goiás, Flamengo, Atlético-MG, Universidad Católica (CHI) e Americano.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
CÉLIO SILVA: ELE AINDA RESPIRA FUTEBOL
Matéria extraída na íntegra do BLOG Carlos Ferreira - JF, parceiro do BLOG Silvan Alves em Juiz de Fora. Célio Silva tem relacionamentos esportivos em Muriaé e região onde ajuda a revelar craques e conta com muita credibilidade.
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2 comentários:
Ele joga bem pra caramba...eu estudo com o filho dele o [igor]pipoca...é nois...sucessu...
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