segunda-feira, 17 de setembro de 2007

AGENTES NA CONTRA-MÃO DO SISTEMA

Nove agentes da Penitenciária Regional Manoel Martins Lisboa Junior, de Muriaé, tiveram suas prisões decretadas pela Justiça muriaeense na manhã de terça-feira do dia 4 de agosto. Eles foram surpreendidos na troca de turno na penitenciária e no mesmo dia tiveram suas casas vasculhadas pelos policiais na mesma ação que foi amparada por mandados de busca e apreensão.
A operação policial envolveu dois delegados, dezenove detetives e quatro viaturas. Os agentes são acusados de facilitar o tráfico de drogas e a entrada de celulares no presídio. Todos os presos foram levados para a 38ª Delegacia Regional de Polícia Civil, onde passaram o dia prestando depoimento. No final da noite foram encaminhados para a Cadeia Pública de Miradouro (45 Km de Muriaé) onde cumpririam a prisão preventiva de cinco dias. Alguns foram liberados antes da data prevista e já estão trabalhando no presídio.

A investigação

O delegado Luis Carlos dos Santos, da Delegacia de Entorpecentes informou que os nove agentes estavam sendo observados a cerca de dois meses. A investigação se baseia também em denúncias dos próprios detentos do presídio, bem como, em ocorrências registradas pela administração penitenciária. Os detentos e outros agentes envolvidos no caso continuam sendo ouvidos Delegacia Regional.
“Os agentes foram liberados porque cumpriram o prazo determinado pela prisão preventiva, mas o processo continua, até porque alguns deles certamente serão indiciados se for provada alguma coisa contra eles. É uma situação delicada que requer muita cautela para não cometermos injustiça” disse o delegado responsável pelas investigações que deixou claro também que a polícia infelizmente estava “cortando na própria carne”. Infelizmente está sendo necessário fazer isso, mas o mal tem que ser cortado pela raiz.

A penitenciária

A Penitenciária Estadual de Muriaé, uma das 45 unidades presentes no estado de Minas Gerais, foi inaugurada em março de 2006 debaixo de muita polêmica que partiu de grupos da sociedade muriaeense.
Com investimento na ordem de R$ 12 milhões de reais, o Governo de Minas construiu o prédio que tem capacidade para 396 presos (10% das vagas dedicadas as mulheres). A estrutura reforçada visa a segurança, ressocialização e humanização do sistema.

5 comentários:

Marcel H. Angelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcel H. Angelo disse...

Até que enfim surge bom jornalismo na cidade! Tomara que não pare por aí, repórter!
Espero que saibamos o desenrolar de outras informações, como o que aconteceu com o sujeito que desapareceu com o dinheiro do fatídico show "que poderia ter sido e não foi", para lembrarmos Manuel Bandeira.

Anônimo disse...

Caro Mazaroppi...
Vc está de parabéns pelo blog !!
Essa historia de celulares, drogas, e varias outras coisas dentro das penitenciarias é antiga...
Um grande abraço.....

MPA Criações disse...

Tem é que prender esses caras que estão de sacanagem com o sistema.

Anônimo disse...

As drogas, celulares e outras coisas que entram nos presídos e cadeias, nunca vão acabar... O sistema só trabalha pra resolver o problema do sistema e disso todos sabemos... Mas te parabenizo Silvan, pelas matérias do dia-a-dia, nos deixam informados sobre os acontecimentos atuais. Infelizmente a maioria dos assuntos noticiados não só aqui, mas no geral, não falam sobre coisas boas. Mas espero que você continue assim, com o seu jornalismo dinâmico e brilhante...
Um abração pra vc Mr. Been!!!